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O tempo final chegou. A tarefa missionária precisa ser concluída

“… e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. At 1.8b

Antes de ascender aos céus, Jesus deu ordem aos seus discípulos de anunciá-Lo até aos confins da terra e, apesar de nos últimos anos observarmos um despertar missionário da igreja e grande procura de informações que proporcionam uma visão mais bíblica e global do trabalho missionário transcultural, até agora, mais de 2000 anos depois da ordem de Cristo, a tarefa continua inacabada.

Sabemos que desde a mais remota antiguidade, o homem procura saber qual a sua origem e a do mundo à sua volta. Em busca de respostas, ele criou teorias, dogmas, paradigmas e crenças e ao nos referirmos a crenças imediatamente a associamos as religiões, que por sua vez são consideradas como caminhos para a divindade, para a verdade e a vida. Estas crenças possuem um caráter local e tribal (Mq. 4.5), isto é, cada cidade possui o seu deus ou deuses e o seu templo ou templos (I Sm. 26.19, Rt. 1.16). Entretanto, tanto antropólogos como historiadores observam, através de seus trabalhos, que na maioria dos povos primitivos existia uma crença num Deus Supremo e Absoluto e aos poucos foram adotando outros deuses ou semideuses para justificar certos acontecimentos que lhes pareciam fantásticos e que, não sabiam como explicar.

Dom Richardson, no livro Fator Melquisedeque fala dessa busca por essa “revelação original de Deus como um importante rastro na memória dos povos primitivos, como um testemunho profundo (Ec. 3.11) de Si mesmo que Deus deixou na memória destes povos e que não apenas pode como deve ser aproveitado como ponto de contato dos missionários com o povo para o qual é enviado”. A título de exemplo de sua tese, Dom Richardson trata com amplitude científica dois aspectos deste testemunho: por um lado, a lembrança de um Deus bom e soberano e por outro, a ideia persistente de um emissário que trará um livro sagrado e ensinará a TODOS o que fazer para ter comunhão com esse Ser Superior. (grifo meu)

Para nós os cristãos de forma geral, este Ser Supremo não é outro senão o Criador de todas as coisas e Aquele a quem adoramos acima de tudo e de todas as coisas. Os grandes filósofos Xenofonte, Platão e Aristóteles usaram em seus escritos o termo Theos como nome pessoal para esse Deus Supremo, Todo-poderoso. (Enciclopédia Britânica, 5ª ed., vol. 13, p. 951 e vol. 14, p. 538). Na Bíblia encontramos vários exemplos de povos que possuíam certo conhecimento de Deus e que foram reconhecidos e aproveitados pelos missionários nas diferentes épocas para a transmissão do Evangelho (Gn. 14.18-20; At. 17.15-34; Jo. 1.1-14), mas observamos também alguns outros sendo reconhecidos como inimigos de Deus e com os quais os homens de Deus não aceitaram compactuar, demonstrando que a contextualização do Evangelho deve ser observada com atenção e entendimento para evitar possíveis enganos.

Acreditamos, como o autor mencionado acima, que a maioria dos povos do mundo possui crenças em um Ser Supremo que, devido à desobediência ou pecado do homem se afastou deles e que envia emissários para que estes possam voltar a adorá-Lo. Como cristãos, afirmamos que Deus preparou o Evangelho para todos os povos e preparou também todos os povos para o Evangelho, no sentido de que todos os povos podem e querem compreender e receber o Evangelho cristão, sendo por isso tarefa da igreja levar o conhecimento de Deus a estes povos para que eles também possam desfrutar da maravilhosa Luz de Cristo. Cremos que, além de nos tornar dependentes de seu Filho para salvação, Ele também nos reduziu à dependência de nosso semelhante para receber as Boas Notícias dessa salvação!

Para o cristão, obedecer à ordem do Mestre Jesus é essencial para que o Reino de Deus possa vir sobre a Terra e desta forma, todos os homens possam ter a oportunidade de ouvir a mensagem salvadora e, ouvindo possam crer e, crendo possam invocar o Seu Nome e invocando possam ser salvos por Jesus, ao mesmo tempo em que se sentem satisfeitos, felizes e participantes da boa, perfeita e agradável vontade de Deus que não quer que ninguém se perca, mas que todos cheguem ao conhecimento da verdade que é Jesus, o Caminho para Deus.

O trabalho missionário é, sem duvidas, o mais excelente de todos os trabalhos que podemos realizar para Deus, pois nele está inserido o amor, a graça, a misericórdia e o perdão de Deus para com os homens e ao mesmo tempo a demonstração de que temos o mesmo sentimento que havia em Cristo Jesus que, como BOM PASTOR, estava disposto a dar, e de fato deu, a sua vida para que, todo aquele que Nele crer não se perca, vindo a ser recebido como herdeiro de Deus, digno de habitar com Ele, tendo a vida eterna.

Precisamos nos levantar, neste tempo final, em que as dificuldades têm crescido e no qual percebemos as promessas de Deus se cumprindo diante de nós, como porta-vozes do céu, levando ao mundo inteiro as BOAS NOVAS de salvação, arrebatando aqueles que têm sido conduzidos ao fogo para que , crendo, encontrem a Salvação.

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