A implementação de um confinamento em casa, como foi feito na África do Sul, entre outros países, devido à COVID-19 seria uma medida catastrófica para parte da população de Moçambique, disse o diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde, Ilesh Jani.
“A implementação de medidas de nível 4 num país como Moçambique seria [algo] catastrófico para uma camada muito vulnerável da nossa população”, disse aquele responsável, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Ilesh Jani refere que a prioridade das autoridades passa por mobilizar a população para que respeite as medidas em vigor desde 01 de abril para travar a propagação do novo coronavírus e evitar medidas mais restritivas.
“Queremos a todo o custo que não haja transmissão comunitária do vírus e, para isso, dependemos do cumprimento das medidas que foram decretadas pelo governo”, disse.
“Continuamos a dizer que as pessoas devem limitar a suas movimentações ao essencial. É isso que dizem as medidas de Nível 3 para que evitemos a todo o custo que o país tenha de implementar medidas de Nível 4”, ou seja, o confinamento.
Moçambique vive em estado de emergência durante todo o mês de abril, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações.
Durante o mesmo período, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.
Moçambique já registou oficialmente 39 casos de COVID-19, sem mortes.
A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 164 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 525 mil doentes foram considerados curados.