O secretário de Estado norte americano reiterou que nenhum outro país tem feito mais do que os Estados Unidos na luta contra a Covid-19 e aponta o caso da ajuda de Washington ao continente africano.
“Nos comprometemos com mais de 170 milhões de dólares nessa luta na África, uma boa parte dos 775 milhões que os Estados Unidos prometeram a todo o mundo”, lembrou Mike Pompeo numa videoconferência de imprensa na segunda-feira, 27/04, direto de Washington.
O governante, também agradeceu os governos e companhias aéreas africanos que ajudaram no repatriamento de mais de 10 mil cidadãos americanos que se encontravam em diversos países do continente no momento em que foram fechadas as fronteiras.
Questionado sobre a suspensão da ajuda à Organização Mundial da Saúde (OMS) decidida pelo Presidente norte americano, Pompeo defendeu a medida e disse que é preciso analisar os fatos.
“Quando uma instituição multilateral falha na sua missão principal, que é garantir que todos tenham informações precisas e oportunas e tome boas decisões, há uma necessidade de corrigir essa falha”, explicou o secretário de Estado, garantindo que os Estados Unidos poderão até aumentar a ajuda à saúde no mundo, mas “está encaminhando os fundos para os lugares certos”.
“Não vamos reduzir o apoio às missões em que estamos empenhados há 20 anos em África”, garantiu Pompeo, lembrando que o investimento americano nos países africanos ascende a cerca de 60 mil milhões de dólares, “incomparável” ao de qualquer outro país, segundo ele.
Questionado sobre pedidos de cancelamento das dívidas dos países africanos, Mike Pompeo admitiu que a Administração americana está “constantemente a avaliar como e quando” o alívio da dívida é apropriado.
O chefe da diplomacia americana realçou, por outro lado, a enorme dívida de vários países africanos em relação à China.
“Eu também lembraria a todos que há uma quantidade enorme de dívidas que o Partido Comunista Chinês impôs à África”, advertiu Pompeo, para quem “alguns empréstimos chineses têm termos incrivelmente onerosos que afetarão os povos africanos por muito tempo”.
Ele concluiu, neste aspeto, que os países africanos “devem também pedir o alívio das suas dívidas para com a China”.