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Será que Deus quer a salvação de todos os povos e nações?

Pedro tentar opor-se a evangelizar os gentios, mas depois de uma visão dada por Deus, inicia o trabalho de levar Cristo às nações e povos gentílicos, começando na casa de Cornélio (At. 10.1-48) que recebeu a palavra e foi batizado com o Espírito Santo.

A partir daí a igreja começa a se expandir para o Norte, através de alguns cristãos anônimos que anunciaram a Palavra de Deus na Fenícia, Chipre e Antioquia (At. 11.19-30). E a evangelização aos gentios ganha maior força após a conversão de Paulo que se declara apóstolo aos gentios e empreende três grandes viagens missionárias com o propósito de levar o Evangelho até aos confins da Terra (At. 13; 16.14; 18; 19; 20), começando a ensinar os pontos cruciais da doutrina (At. 15.22-29) que acaba por diferenciar o cristianismo do judaísmo.

Tendo Antioquia como Base Missionária, Paulo e Barnabé iniciam sua primeira viagem missionária: desceram a Selêucia e navegaram para Chipre, Salamina, Pafos e chegaram a Perge da Panfília, seguindo para Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe (At. 13; 14). Na segunda viagem, após a visão do homem que pedia que passassem a Macedônia e os ajudassem, foi a Filipos onde o Evangelho alcançou Lídia, a vendedora de púrpura e toda a sua casa e também uma escrava e o carcereiro romano (At. 16.14 -40). Depois continua a viagem e chega à Tessalônica onde foi perseguido e de lá foi a Bereia onde elogiou os cristãos e de lá, seguiu para Atenas e ali muitos creram na Palavra, entre eles Dionísio, o areopagita e uma mulher chamada Damaris (At. 17). De Atenas foi para Corinto onde permaneceu por um ano e meio ensinando a Palavra (At. 18). Na terceira viagem, Paulo vai a Éfeso onde fica por cerca de dois anos e de lá parte para a Macedônia até a Grécia, chegando depois à Síria e voltando pela Macedônia até a Ásia foi visitando os trabalhos fundados (At. 19; 20) até estar de volta a Jerusalém. E na sua última viagem, desta vez como prisioneiro, pregou às autoridades: primeiro aos principais dos sacerdotes, no Sinédrio e depois ao Governador Festo, ao rei Agripa, chegando até Cesar.

Os apóstolos são considerados como os missionários saindo para evangelizar as nações, em todo o mundo até alcançar os confins da terra, através do plantio e treinamento de igrejas, instrução quanto aos modos de proceder diante dos demais irmãos e daqueles que ainda não conheciam a “fé”, e mesmo em meio a dificuldades, sucessos e fracassos, foram persuadidos pelo Espírito Santo a perseverar em tudo, reconhecendo que o seu trabalho não seria vão. Eles iniciaram a história missionária da igreja, que não parou depois da morte deles, mas prosseguiu com maior ou menor êxito no decorrer da história da humanidade, até alcançar os nossos dias.

Para evangelizar o mundo que os cercava, os discípulos de Jesus usaram as mais variadas estratégias de evangelização: Primeiramente utilizaram as sinagogas como plataforma evangelística: em Chipre (At. 13.5), Antioquia da Pisídia (At. 13.14), Icônio (At. 14.1), Tessalônica (At. 17.1,2), Beréia (At. 17.10-12), Atenas (At. 17.17), Corinto (At. 18.4), Éfeso (At. 18.19) que serviam de base para igrejas locais; em seguida utilizavam as reuniões nas casas: a igreja de Jerusalém crescia de casa em casa (At. 2.46-47, 5.41-42); em Corinto, a igreja esteve na casa de Tito Justo (At. 18.7-8); em Filipos, na casa de Lídia (At. 16.14-15); em Éfeso, na casa de Priscila e Áquila (At. 18:26) e continuou de casa em casa (At. 20.20), evangelizaram também nas praças (At. 17.17), nos centros acadêmicos (escolas) (At. 17.19, 22, 34) e todos os demais recursos disponíveis e úteis para a evangelização, como nos mostra tão bem as palavras de Paulo em 1 Co. 9.22: “Fiz-me tudo para com todos, para, por todos os meios chegar a salvar alguns”.

Jesus avisou que a pregação do Evangelho não seria tarefa fácil, Ele disse que a igreja seria odiada, perseguida, caluniada, etc., mas que deveria perseverar até o fim (Mt. 10.22-24, Mc. 13.9-13, Lc. 21.12-17, Jo. 15.18-19) e foi exatamente o que aconteceu com a igreja primitiva. Quando os romanos descobriram que o cristianismo não era a mesma coisa que o judaísmo, empreenderam todos os esforços para destruí-lo e para isso lançaram-no na ilegalidade. Porém a primeira perseguição não se deu por parte dos romanos e sim por parte de judeus e gentios comuns que não queriam aceitar a mensagem pregada.

Diante da perseguição interna (vinda dos judeus), os crentes tiveram que sair de Jerusalém e à medida que se dispersavam, anunciavam a Jesus por toda parte: Felipe anunciou em Samaria, ao Etíope, em Azoto, Frígia até Cesaréia; Saulo, depois de convertido anunciou entre os gentios, reis e príncipes até a Espanha e Roma; apesar da recusa inicial, Pedro também anunciou a Cristo entre os gentios em Ponto, Galácia, Bitínia e Capadócia, alguns cristãos piedosos caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia (At. 11:19 – 21) onde anunciaram a Cristo e muitos creram e se converteram; João anunciou na Ásia; Tomé anunciou entre os partos (Irã, Iraque, Paquistão) e Índia; Bartolomeu anunciou na Índia; Marcos, no Egito; Tiago, o grande na Espanha; Tiago, o justo na Arábia e Mateus em outras nações e assim o Evangelho chegou, conforme nos diz textualmente o Novo Testamento, desde Jerusalém ao Ilírico – atual Albânia (Rm. 15.19), e a Etiópia, na África (At. 8.27, 39).

Hoje, assim como ontem, os discípulos fiéis do Senhor não esqueceram a ordem recebida, mas prosseguem para o alvo final iniciado desde antes da fundação do mundo pelo próprio Deus e continuado pelos juízes e profetas até chegar a Cristo, que passou para a igreja, representada pelos Seus seguidores, alcançando a nossa geração, que deve continuar por todos os povos, raças, línguas e nações da terra. Sabemos que não é tarefa fácil e que muitas barreiras têm sido encontradas no decorrer da história, mas precisamos continuar, assim como os homens, mulheres e crianças de outros tempos fizeram para conquistar o mundo para o nosso Senhor.

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