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África, o berço do Conhecimento. Parte 2

Você sabia,

Que a África é o berço do conhecimento? Parte 2

A tradição e a perícia na construção em pedra não foram uma contribuição técnica menor dos egípcios ao mundo. Não era nada fácil transformar os imensos blocos brutos de granito, calcário, basalto e diorito em blocos bem talhados e polidos, destinados a diferentes projetos arquitetônicos.

Outro importante domínio da ciência a que os antigos egípcios se dedicaram foi a matemática. As medições acuradas dos seus enormes monumentos arquitetônicos e escultóricos constituem uma excelente prova de sua preocupação com a precisão. Jamais teriam conseguido alcançar tal grau de perfeição sem um mínimo de aptidão matemática. O método egípcio de numeração, baseado no sistema decimal, consistia em repetir os símbolos dos números (unidades, dezenas, centenas, milhares) tantas vezes quanto fosse necessário para obter o número desejado. Não existia o zero. Na matemática egípcia podem-se distinguir três partes: a aritmética, a álgebra e a geometria.

O calendário civil egípcio constava de um ano de 365 dias, o mais exato conhecido na Antiguidade. Ao lado desse calendário civil, os egípcios também utilizavam um calendário religioso, lunar, estando aptos a prever com razoável precisão as fases da Lua. Desde a expedição de Napoleão ao Egito, os europeus se surpreendem com a exatidão do alinhamento das construções erguidas à época dos faraós, em particular das pirâmides, cujas quatro faces voltam-se para os quatro pontos cardeais. Tal precisão só poderia ter sido alcançada através da observação astronômica. Para determinar as horas do dia, que também variavam conforme as estações, os egípcios utilizavam um gnomon, isto é, uma simples vara plantada verticalmente numa prancha graduada, munida de um fio de prumo. O instrumento servia para a medição do tempo gasto na irrigação dos campos, uma vez que a água tinha de ser distribuída imparcialmente. Assim como o gnomon, os egípcios tinham relógios de água colocados no interior dos templos. Esses relógios foram tomados de empréstimo e aperfeiçoados pelos gregos: são as clepsidras da Antiguidade. Eram feitos no Egito já em 1.580 A.C.

 

Fonte: Síntese da Coleção História Geral da África, Vol. 1

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